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domingo, 1 de maio de 2011

Comentários dos alunos, Nova Senzala, Novos Escravos

Olá, amigos!

Recebemos alguns comentários acerca do poema Nova Senzala, Novos Escravos. Ficaram ótimos! E o melhor de tudo, essa ação foi o resultado de uma interação entre os alunos de Administração e Sociologia da FESPSP.

Nosso muito obrigado aos que fizeram parte disso.

Comentários:


“Muito interessante a analogia. Realmente deixamos a escravidão de lado para dar lugar à outra forma de opressão: quem são os novos escravos? Quem são os novos agregados da sociedade, que não têm lugar próprio e não podem se suster sem fazer parte do “sistema”, sem estar à custa de outros? Escravos da profissionalização, da cultura industrializada, do gosto dirigido, do consumo induzido e do sentimento construído”.


 Luciana A. Santos - Sociologia


“Em um simples poema, entendendo as entrelinhas do que vivemos hoje, a escravidão do capitalismo. Estamos todos presos a essas senzalas e podemos contar somente com uma saída...educação para viver melhor a vida!!!”

Rose Bernardo – Administração (FESPSP)


“O poema apresenta, em uma possível interpretação ,o surgimento do capitalismo no Brasil, mostrando como, no conceito weberiano de “jaula de ferro”, estamos todos presos em uma estrutura que desumaniza   os homens,   independente da cor da pele. Os homens, como se percebe pela leitura, sempre foram externamente diferenciados por si mesmos , mas as estruturas de poder só mudam os disfarces, permanecendo estruturalmente iguais”.

Maite Garcia – Sociologia


“O discurso corrente é de que haverá uma mudança radical na consciência das pessoas pela educação, ouço isso desde muito jovem. Meus pais “iletrados nordestinos” sempre valorizaram isso, lembro-me de minha mãe sempre afirmar que não trabalharíamos, mesmo que por necessidades materiais ínfimas se não estudassemos até atingir um certo grau na escola. A educação era nossa prioridade. É claro que isso não foi possível em tempo integral, mas sempre se fez questão de que só teríamos condições de igualdade quando nos tornassemos  iguais no sentido do esclarecimento de mundo, de posições sociais como verdadeiros iguais, começando pelo conhecimento da história e de nosso valor como iguais SERES humanos.
Realmente, esse poema é muito atual, continuamos atados aos troncos das senzalas urbanas, endividados, morando mal, valorizando o nosso empreguinho e vivendo à mercê do relógio. Enquanto mantivermos nosso ideal de padrão burguês estamos alimentando a cultura dominante, todos “letrados”,usando esse conhecimento para manter a mesma estrutura escravocrata, enquanto isso a classe não-dominante continua reclamando que o mundo é cruel. Cabe a cada um buscar seu espaço, tomar consciência de mundo e sair do “gueto” desse mundo paternalista e buscar esse novo sentido para a vida. Isso vai se dar somente através do conhecimento, quando você for buscar o conhecimento a sua consciência abre para o mundo e você vai ver que somos REALmente todos IGUAIS! Enquanto isso não acontecer a esperança esta aí para te acalentar.
AÇÃO! Simplesmente AÇÃO!”

Cecília Melo – Sociologia


“Bom em relação ao poema acredito que o mesmo reproduz a realidade social não só dos brasileiros, mas também a realidade de diversos países. Contudo, na minha humilde opinião não são mais as indústrias e os seus respectivos donos os verdadeiros coronéis, e sim as grandes empresas que prestam serviços aos consumidores(exemplo: telefonias, tv a cabo e entre outras)”.

Beatriz Okiyama - Sociologia

3 comentários:

  1. Fico muito feliz com todos esses comentários. Vocês nem sabem o quanto. Muito obrigada mesmo!

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  2. queria poder ter mandado para você, o vídeo do Lobão,revanche tem tudo a ver...

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  3. Milton,

    sinta-se à vontade para participar, podemos inserir ao blog, em qualquer momento, assuntos relacionados.

    Continue participando!

    Diego

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