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sábado, 9 de abril de 2011

"Gilda"

E aí galera!!!!!


Segue mais uma obra da poetiza  Kelly Maccartney, estrela maior desse  Blog 


Gilda

Pobre Gilda...
Pobre,
Feia,
Gorda, Gilda...

Seu rosto era um terreno
De arredondadas valas
Onde jaziam brancos
E imensos cravos,
Além de trazer consigo
Uma fachada triste
Enfadonha, deprimente.

Seu ofício era o ócio
Pois seu intelecto,
Deveras limitado,
Impedia-lhe de, sequer,
Ter um emprego,
De sustentar-se,
Ser alguém independente.

Seu corpo era reduto
Da gordura animal,
Da gordura trans e
Daquilo que é daninho.
Entre suas pernas,
Indícios de desuso,
Da falta do falo.

Pobre Gilda...
Pobre,
Feia,
Gorda, Gilda...

Por entre os dentes podres,
O cano da pistola.
De seu crânio vazio,
A bala carregava
As dores e angústias,
Todos os traumas que
Abateram-na ainda viva.

No velório, apenas a mãe.
Sem amigos ou parentes,
Sem amantes nem indigentes.
Ninguém mais para chorar,
Lamentar sobre seu corpo,
Paquidérmico, boçal,
Que há muito padecia.


Gilda chegou, afinal.
Adentrou o inferno
E recebeu as glórias
Que, apenas os covardes
Têm direito após
Negarem a si mesmos
A honra da luta.

Adeus, Gilda
Burra,
Tola,
Fraca, Gilda!


Kelly McCartney

6 comentários:

  1. gostei dessa história tem ave muito com ha realidade

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  2. Esse é o típico caso da auto-estima feminina, elas nunca estão satisfeitas.....

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  3. Eu conheço uma pessoa assim.


    Marcos

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  4. Eu discordo das opiniões anteriores!!!! São opiniões machistas.


    Márcia

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  5. Nossa parece a Macabéia da favela....a pobre da Gilda.

    Margarida

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  6. A mulher no Brasil parece que gostam de imitar as norte americanas, alisando os cabelos e outras cositas más......

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