Muitas coisas são significativas e não podem passar em branco. O Poema em questão retrata isso. Esperamos que vocês curtam, comentem, compartilhem e transformem.
Nova Senzala, Novos Escravos
Os engenhos urbanos
São grandes indústrias.
E seus donos (senhores)
São coronéis-empresários.
Escravizados são agora,
Negros, brancos, amarelos,
Numa vasta miscelânea
A serviço do poder.
Os grilhões do aluguel,
Roupas e alimentos
Atam esse novo escravo
No tronco empresarial.
Casebres de madeira,
Ou mesmo tijolos nus,
Favelas, grandes senzalas
Guardam o trabalhador.
Entretanto, a abolição
Desse escravo vem por meio
Do esforço de se letrar
Na cultura elitista.
Kelly McCartney
*Texto produzido durante a aula de “Ação Cultural”, ministrada pela profª Tânia Callegaro, que num equívoco, trocou a palavra “senzala” por “favela”.