Chegou o grande momento. A Granja, o primeiro poema da Kelly a ser postado aqui no Blog.
Esperamos que gostem.
Comentem, libertem sua imaginação.
A granja
A penitenciária “Granja Manoel”,
Era habitada por dezenas
De galináceas brancas
Prontas para cumprir suas penas.
Muitas das celas
Em extrema lotação,
Abrigavam mais de dez frangas
Que bebiam água e comiam ração.
Algumas frangas bem nascidas,
Viviam em cela especial
Recebiam visita íntima
E bebiam água mineral
Eram frangas rechonchudas
Da fazenda “Frango Feliz”.
Eram bem alimentadas
Em seus poleiros de tom verniz.
Já nas celas convencionais,
Muitas frangas de quintal
Inclusive - pasmem - um galo,
Estava com elas no local.
Independentemente da origem,
Todas elas morreriam. (até o galo)
Mas, somente após a morte
As penas se cumpririam.
Devido à rebeldia
Das aves danadas
Muitas delas se tornaram
Coxinhas, tortas ou empadas.
Além disso, essas mortes
Que ocorrem todo ano,
Servem apenas para saciar
Os desejos do ser humano.
E como se não bastasse,
Além das aves indefesas,
O homem ainda devora
A si próprio em grandes mesas.
"Kelly McCartney"
Edson, é "Kelly McCartney" a assinatura... kkkkkkkkk
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluirgostei muito do poema da Kelly...achei q ela foi bem contundente e um pouco cruel...como a vida!
Bjos e sucesso para o blog!
Como sempre sagaz, a Kelly nos faz refletir sobre o que cada um de nós (bibliotecários) fazemos em nossas celas (bibliotecas).... Seremos também devorados apenas para saciar o desejo do homem?
ResponderExcluirEu gostei da analogia posta na diferença entre as frangas bem nascidas e as frangas de quintal. Muito instigante. Parabéns!!
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